terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Basta!

Estranho como as pessoas do mundo agem nos dias de hoje em relação a relacionamentos. A internet fez milagres na vida social de MUITAS pessoas. Praticamente todos utilizam a internet pra buscar/conhecer novas pessoas. E praticamente todos, buscam pessoas que têm afinidades. Em casos de buscas por relacionamento, as pessoas buscam suas caras metades perfeitas, pessoas que têm tudo a ver consigo mesmo. Pessoas que sabem dizer o que você quer, quando você quer. Pessoas que fazem as coisas certas nas horas certas. MAS SERÁ REALMENTE QUE ISSO É SE RELACIONAR? Eu bato na mesma tecla dizendo que a verdadeira COISA de se relacionar, é no crescimento. Na maturidade. A maioria não sabe respeitar os defeitos da outra pessoa, por saber que posteriormente, na internet, ela pode encontrar uma outra melhor. Casos em que um casal cresce junto, enfrenta problemas juntos quase não existem mais, porque está tudo muito desregrado e desrespeitoso. Não quero parecer um velho reclamão, mas é um absurdo tamanha falta de afeto nos dias de hoje. E hora ou outra, a gente vê em nicks de msn: à procura da pessoa certa / Quero um namorado(a) / 'Fulano' eu te amo, e etc. e eu reflito: PORRA, COMO ELE(A) PODE AMAR OUTRA PESSOA HOJE, SENDO QUE SEMANA PASSADA ERA O 'CICLANO'?

As pessoas ACHAM que amam. Elas ACHAM que sentem decepções amorosas. Acham que estão vivendo, mas estão é se robotizando.
Robotizando os próprios e ridículos sentimentos modernos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Falso vidente

Eu tentei. Tentei não errar dessa vez. Só queria ter a chance de voltar no tempo, e concertar aquilo que pode ter sido o fim. O momento que previ, mas mesmo assim deixei acontecer, ou melhor, não deixei acontecer. Não tenho culpa, eu sei. Ou tenho? Deveria saber que limites existem. Acho que brinquei com os meus... Com os meus? Incerto.

Queria ter a chance de voltar no tempo, àquela noite, e ter ligado mesmo a contragosto pra dizer que eu sinto muito. Sinto muito por enganar não só a mim mesmo, mas como sua perfeição. Sinto muito por não ter escutado o que a mente dizia, mas sim ter dado ouvidos ao coração.

Feri. Me feri.

Não previ. Menti.

Eu quis.

Não vejo o futuro. Eu sinto muito.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Pope's Wrong

Que comportamento estranho pra uma 'criança' de treze anos - pensavam. Acho que nessa idade, as crianças deviam brincar e não se preocupar com as coisas. Mas tinha algo errado com esse menino. O pai por ser médico, não exercia muita influência em sua vida, mas a mãe sim. Fazia os dois papéis e mais do que bem. Cuidava como se não ouvesse coisa mais preciosa no mundo. Mas ultimamente, ele andava estranho. Seria a adolescência? Passava maior parte do tempo trancafiado no quarto, enfurnado em seu computador. Sua mãe não se interessava por computadores, logo que não sabia muita coisa sobre, e não andava muito afim de dialogar com o filho, por estar sempre cansada dos afazeres de milionária ( salão de beleza, compras no shopping, encontros e etc. ), e há sempre algo melhor pra fazer nessas horas do que chorinhos de adolescentes mal compreendidos. 

...

Ela gritava muito. Sentia um ódio que emanava sobre os outros que também viam a cena. Sentiu-se humilhada, enojada. Seu filho que tanto o educou, ensinou, mostrou o que é certo e o que era errado, envolvendo-se com .... sentia ância só de pensar na palavra. O que iriam pensar dele, seria ele mais um injustiçado? - ela pensava. Mas isso tinha que terminar ali, e ele nunca mais iria repetir aquilo de novo. Aquele absurdo.

...

Ele odiava ir ao psicólogo. Sessões inúteis que reforçavam a idéia de repugnar tudo o que era contraditório ao seu pensamento. Mesmo tendo treze anos de idade, sua mãe deveria saber que sua personalidade era forte, e sua idéia era imutável. 

...

Trancafiado em sua casa por mais de dois meses, e depois do ódio que sentia por seus pais ter desaparecido quase por completo, ele lembrava de tudo o que passou, e como gostaria que sua mãe NUNCA tivesse atrapalhado. Lembrava do dia em que escrevera na árvore: Geovane e Gustavo.

Se eu tivesse um violão...


Sempre quando você faz aquela cara de bobo, me dá uma vontade de te morder. Assim como me dá vontade de pular no seu pescoço toda vez que te vejo. Adoro passar meus dedos no seu cabelo e bagunçá-los. Amo procurar seus defeitos, porque você é tão bom. Bom pra mim. Dou muita risada das suas histórias e de seus atos destrambelhados. Por que você gosta do mesmo que eu? Por que você me elogia e me deixa sem graça? Por que eu passo o dia inteiro pensando em como fazer pra eu ver aquele sorriso de novo?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pequenos frascos e os mais fortes perfumes

Hilário o jeito que ele sempre me tratou. Hilário para os outros, mas nunca pra mim. Seu tamanho lhe rendia muita força, embora ele fosse magricela assim como eu. Suas atitutes tiranas me tiravam do sério. Eu pedia a Deus que me desse músculos fortes o suficiente pra eu poder esmagá-lo, trucidá-lo. Mas a única coisa que eu fazia era acabá-lo com a minha língua. Maldita língua. Coisa que eu não sabia, é que minha língua podia ser mais forte que qualquer músculo do corpo. Forte, venenosa, traissoeria, persuasiva, profana. Eu acabei com o tirano, o preconceituoso. Derrubei-o. Mas acabei sendo tão pior quanto ele.

Poder e Querer

MULHER! Era o que ela mais queria ser. Chega de coisinhas de menina, chega de coisinhas pra fracos, o papo agora é outro. Mas por onde começar? No que começar? BEBER! Sim, este seria um bom começo. Talvez beber aos finais de semana, e quem sabe, agir sob o álcool. É, parecia uma boa idéia. Parecia uma coisa bem adulta a se fazer. Quem liga pra micos, vômitos e dores de cabeça; desidratação e humilhação? Porque ser sem limites a tornava forte, a tornava adulta e independente. Sempre pusera na cabeça enquanto bebia que aquele era seu momento, sem os pais e com muita autonomia. Próximo passo, óbvio, seria o cigarro. Se bem que ela mesma não gostava muito, mas era parte do processo, então era de certa forma irrevogável. O cigarro por sua vez acabou se tornando um vício. Nicotina e companhia agiam em sua vida agora. Mas era bom, naqueles momentos, esquecia que tinha casa, e uma mãe de certa forma doida. Um pai que lhe mandava fazer coisas a contra gosto e um irmão dedo duro. Não importava também se os amigos eram verdadeiros ou não, mas eles estavam ali, pra ela. Alertas sobre sua imagem dilacerada eram inúteis, e seu caminho à glória não poderia ser traçado de outra forma.

Coisa que ela nunca percebeu, foi que sua glória, seu desejo ... nunca chegou.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Amo meu pecado

Se bem a conheço, diria que está apaixonada. Olhe como está radiante! Até sua pele está mais bonita. Como diz minha tia que Deus a tenha: Nada que um bom sazon na vida não é mesmo? Mas pulando toda essa parte que me faz lembrar de Zezé de Camargo e Luciano, é realmente impressionante como ela mudou. Também né, já está com 15 anos nas costas, bem a idade de paquerinhas. Eu, nessa época, já estava grávida de Agatha. Não me arrependo, porque ela é meu tesouro, mas tudo isso, não era pra acontecer. Pode parecer egoísmo meu, mas tinha outros planos pra minha vida. Sempre fui meio rebelde na minha adolescencia, e nunca quis nada com nada. Mesmo depois de Agatha nascer. E agora vejo a grande burrada que eu fiz. Mas sorte que Yago me arranjou um emprego naquela fábrica, porque minha mãe não tolerou uma filha grávida e solteira. O pai é um froxo nunca quis saber da Agatha, e paga pensão quando quer. Prefiro eu mesma cuidar dela. Só Deus sabe o que eu lutei por essa menina, mas se ela ficar grávida, eu corto o pinto do namorado dela fora não saberia o que fazer.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Heartbeats

Eu lhe disse aquelas palavras. Que saíram da minha boca em tal velocidade que quase tropeçaram umas nas outras. Mas veio de cada mínima partícula do meu corpo, veio de cada fagulha de vontade que existe em mim, veio pra você. Elas ecoaram no ar até serem captadas pelo seu cérebro, que ajudaram a entender a frase que eu havia terminado de falar. Não sei qual foi sua reação no momento, mas tudo o que eu senti, é meu peito explodir, e subir algo pela minha espinha que fez meus olhos marejarem e logo se inundarem em lágrimas. Era tudo o que eu podia fazer, era tudo o que eu podia expressar, era o mais puro e legítimo dos meus sentimentos, que antes eram irreconhecíveis, escondidos, impedidos. Queria que o tempo parasse ali, e que você nunca tivesse ouvido aquelas palavras, que não precisasse respondê-las, embora, bem lá no fundo eu estivesse esperando o desfecho disso tudo. Meu coração agüentaria bater incalculáveis batidas por minuto, como estava fazendo agora?
Eu ouvi o que eu esperava. Você me disse às palavras que eu sempre sonhara há muito tempo ouvir. Foram puras, um pouco rápidas, mas claras o suficiente pra eu perceber que foram verdadeiras. Senti meu corpo esquentar em brasa. Minha vontade era de te abraçar e beijar como nunca fizera na vida, mas algo em meu corpo recusava a fazer isso, antes de te dizer o que eu precisava. Desviei meus olhos do chão; a vergonha me fez cravá-los lá. E olhei pra você. Não era impressão minha, mas havia lagrimas em seus olhos, que me encorajaram a responder algo que deveria ser difícil, mas que se tornou absolutamente fácil, por você. Você me olhava com aqueles olhos, que eu mais amava, aqueles que me confortavam e que me faziam sentir eu mesmo flutuando bem alto. Você abriu um sorriso que pra mim foi o sol, e eu apenas me deixei levar, respondendo: - Eu também amo você.

Break Yourself


Ele chegou em casa, e correu pro quarto. Saiu tropeçando pelas escadas, mas ele tinha que fazer o que estava em sua mente, pra poder livrar-se do inferno. Sua mãe ficou atônita quando o viu passando feito relâmpago na frente da porta de seu quarto. Ele abriu a porta, entrou e fechou-a imediatamente. Dirigiu-se pra frente do guarda-roupa e ficou de frente pro espelho. A imagem que ele via nunca fora o que ele queria. Achava-se feio, em todos os sentidos. O motivo por suas inúmeras inseguranças na vida foram por causa do maldito espelho, que refletia aquela maldita imagem, todo dia. Fechou o punho com dureza, e com toda a força, desferiu um soco no espelho que se quebrou em inúmeros estilhaços. Sua mão se encheu de cortes, mas ele nem ligou pra dor, pois estava em um nirvana interno, obcecado pelo prazer que aquilo o trouxe. Porém, esse prazer não durou muito tempo. Ele finalmente percebeu que não era o espelho que estava errado. A culpa por sua insegurança era única e exclusivamente dele mesmo. Ele via o que ele queria ver. E por diversos anos, isso era o que o deixava mal.

Ele abriu a porta do guarda-roupa, pegou sua melhor roupa, penteou os cabelos e disse a si mesmo: - Vou recuperar meu tempo perdido!

O peixe morre pela boca (ou não)

MAS QUE PORRA!!! (ele sempre pensava). Não conseguia parar de mentir. Olhava ao seu redor e sempre se achava inferior. Tinha que ter uma história melhor pra sempre poder jogar na cara de alguém que ele era ALGUÉM. Se afundava em mentiras que não eram apenas sobre suas condições financeiras, mas sobre suas condições amorosas também. E a memória, (putz!) era infalível, não errava uma, e ainda conectava as mentiras passadas com as novas. Só quem vivia muito perto e tinha muito contato - eu - sabia realmente a farsa que era.



Nem a vida conseguiu ensinar ele, que mesmo após ter perdido todos os amigos, que ele deveria parar de mentir. Alguns acham que é problema psicológico, mas eu acho que é falta de vergonha na cara.



Imagine o peso que irá sair de suas costas assim que revelar toda a verdade. Sinceramente, não quero estar lá pra ver.


Minha vida Russa.


Foi na montanha russa que ele realmente refletiu sobre sua própria vida. Percebeu que ela estava assim; pra cima, pra baixo, pra cima, pra baixo, e de ponta cabeça. E o mais engraçado foi perceber que ele mesmo não se dava conta de algo tão simples.

Ele vivia culpando a mãe e o pai por serem pobres. Por não terem dado a melhor educação que ele merecia. Por ele não ter gozado de privilégios infantis como as outras crianças que viviam com video-games modernos, biscicletas novas, e bonecos de luta monstruosos. Mas ele merecia. Ele dava valor as coisas. Achava engraçado como tudo era tão injusto. Às vezes, chegava até a criticar Deus por ele ser tão mesquinho em sua vida.

Ainda mais na maturidade, culpava-se por não ter estudado o bastante para entrar na faculdade mais facilmente. Culpava-se por não ter autonomia o suficiente. Culpava-se pelo jeito que sua mãe lhe vestia e por nunca ter mudado aquele corte de cabelo tijela que sempre usara.

Sentindo o vento no rosto, ele realmente percebeu que isso tudo não importava. O vento levava suas lágrimas, assim como levava seu passado. Percebeu que a culpa não era dos pais, mas sim, sua. Altos e baixos agora dependerão única e exclusivamente dele. Percebeu finalmente que um litro de xarope não cabe numa colher de chá, e que por tanto pensar dessa forma, estava agindo exatamente como seus pais; iria ter a mesma vida então.
Foi então que finalmente, arregaçou as mangas, e pôs se a viver. E utilizando dos dons que Deus lhe presenteara e que nunca tivera a oportunidade de explorá-los.

E entrara numa conclusão. Que a montanha russa tinha um looping extraordinário.

Prefiro ROMA mesmo.

Sempre me disseram que o amor era tudo na vida. Fiz dele grande coisa, e desejei por tudo nesse mundo sentí-lo incondicionalmente. E sabe o com o que o destino me presenteou? Com o tal do A-M-O-R. Sério! Eu podia soletrar essa palavra de frente pra trás e de trás pra frente, tamanha felicidade que eu sentia. Seria mesmo... felicidade? Difícil de explicar. Ainda mais agora que vejo TUDO com outros olhos. Tinha me transformado em um Leonardo inexperiente - não que eu sempre fora experiente, mas estava agindo de jeito imaturo - queria tudo e rápido. Pensei que seria como uma FairyTale e, embora nunca tenha virado um nightmare eu realmente percebi que estava completamente enganado. Acabou que, do céu, eu fui para o inferno. Mas não me arrependo disso; hoje sei que o amor, é totalmente diferente, talvez pelas coisas que tenho vivido, e presenciado. Mas definitivamente, o amor é tudo na vida.